sexta-feira, 11 de novembro de 2011

INDÚSTRIA QUASE CAI EM GOLPE DE MAIS DE 120 MIL


Uma indústria, com dezenas de lojas espalhadas pela cidade, recebeu pedido de mais de R$ 120.000,00.
O comprador seria outra empresa.
O endereço fornecido era uma mansão, que foi visitado pelo vendedor e causou ótima impressão.
A empresa tinha até site na internet, bem elaborada e até com lista de clientes, a maioria, grandes empresas, muito conhecidas e conceituadas na praça.
Solicitado para fazer levantamentos, foi verificado que a empresa compradora nada tinha a ver com o segmento dos produtos pedidos e pela quantidade, era impossível ser para uso interno.
Checando a situação dela, tinha até registro na Receita Federal, mas estava totalmente irregular, apesar de constar como ATIVA. Usaram CNPJ de outra empresa, desativada.
Reativaram a empresa com outra razão social e novos sócios, com endereço diferente.
Consultando alguns amigos empresários, conseguimos algumas informações, fomos checar e a maioria delas se confirmaram.
A empresa era na verdade, uma arara, constituída em nome de laranjas e os responsáveis eram figuras conhecidas na cidade, até nos meios esportivos e tinham uma rede de “casas noturnas”, vulgo, “inferninhos”, que seriam os destinatários finais dos produtos.
Era uma triangulação muito bem elaborada, se não cometessem tantos erros primários e que muitas vezes, não são percebidas pelas vítimas.

sábado, 5 de novembro de 2011

DEPARTAMENTO ANTIFRAUDES



Ao visitar a diretoria de um grande banco, fui apresentado ao responsável pelo departamento antifraudes.
O nome do cargo era pomposo, em inglês.
Ele me convidou a conhecer o departamento e fez questão de mostrar o trabalho executado pelo setor.
Depois de passar por duas portas de segurança com cartões e senhas, eis que adentro a sala de trabalho.
Era uma sala enorme, com milhares de pastas sobre as mesas.
Curioso, pergunto se todos aqueles processos eram para pré-análise e ele me responde que são todos, casos já ocorridos.
Até me mostra um processo e diz que provavelmente foi utilizada identidade falsa. Ao ver a cópia do documento, respondi que é falsa com toda certeza, pois pela data de emissão daquele documento, o modelo do RG era outro.
Fiquei deveras decepcionado, pois o departamento não deveria se chamar antifraudes e sim, pós-fraudes.

NADA CONSTA


Muitos lojistas imaginam que somente consultas aos bancos de dados são suficientes para liberação de créditos.
Existem dois bancos de dados mais utilizados no país e nenhum deles avalizam as vendas. Simplesmente informam se existem restrições ou não, nos CPF consultados.
Se no próprio cartão do CPF consta que deve ser apresentado junto com um documento de identificação, não serão somente pelo CPF que os créditos poderão ser liberados.
Muitos não se dão conta do enorme volume de identidades falsas circulando pelo mercado. Não são somente RG, mas também, CNH e identificações de exercícios profissionais.
Esse desconhecimento dos lojistas levam milhares de vítimas a entrarem com ações por danos morais contra eles.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

IDENTIDADE FALSA, COMPROVANTES FALSOS

Infelizmente, grande parte das empresas que trabalham com crediários, usam métodos que eram eficientes há duas décadas, mas hoje, a realidade é totalmente diferente.
Normalmente, quando são concedidos créditos, a exigência das empresas é a apresentação de identidade, CPF, comprovantes de residência e de renda.
Muitos se baseiam na renda apresentada para liberação dos créditos.
Imaginam que, se os valores das prestações não ultrapassarem um percentual “X” da renda, as chances de inadimplência diminuem.
Consultam bancos de dados, e se não houverem restrições, aprovam os créditos. 
Aí que mora o perigo. 
Todos os golpistas sabem deste procedimento e apresentam horerith de empresas conhecidas e com uma boa renda.
Como a maioria não consegue diferenciar identidade falsa de uma verdadeira, os golpistas apresentam RG falso, comprovante de renda e de residência falsos e muitas vítimas ainda nos procuram, dizendo que os documentos eram “originais” ou “autenticados”.
Muitos ainda, afirmam que ligaram para as referências e estas confirmaram conhecer o “cliente”.
Os golpistas estão sempre se aprimorando e os lojistas não estão acompanhando a nova realidade de mercado.