Cada vez que um estelionatário aparece nas empresas que atendemos, automaticamente fica registrado em nossos arquivos.
Já teve casos da mesma estelionatária apresentar oito documentos com nomes diferentes, em diferentes estabelecimentos.
As lojas ligavam e perguntavam se nós nos lembrávamos da fulana de tal, aí respondíamos que pelo nome não nos recordávamos. Dali a pouco perguntavam da ciclana de tal, até que passamos a pedir que mandassem a cópia do documento. Tratava-se da mesma golpista, com nomes diferentes.
Certo dia, o gerente de um estabelecimento nos ligou e perguntou se lembrávamos da golpista que ele tinha atendido há um ano, ao que respondi positivamente.
Pois ela tinha retornado ao estabelecimento para fazer novas compras. Desta vez, ele chamou a polícia e ao ser revistada, estava com diversos documentos e uma chave de um armário da rodoviária.
Os policiais levaram-na à rodoviária e abriram o armário. Tinha outros documentos, junto com diversos comprovantes de renda e uma agenda. Os nomes que ela já tinha usado estavam riscados e os nomes ainda não utilizados, tinham anotações ao lado: SCP NADA CONSTA.
O grande problema que ocorre no mercado, é que a maioria dos golpes são interpretados como inadimplência e são negativados nos bancos de dados, como SPC e SERASA.
Isso gera um problema maior, que são as ações por danos morais, movidas pelas vítimas que tiveram o seu CPF usados indevidamente. Sempre estão acompanhados de identidades falsas, e, na maioria dos casos, as vítimas nunca perderam nem tiveram documentos extraviados.
São mais de três mil estelionatários identificados no mercado, em diferentes Estados, somente nas empresas atendidas por nós, imaginem o que ocorrem no mercado como um todo. É inimaginável...
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