Um Diretor do SPC publicava
mensalmente no jornal da entidade, minhas matérias antifraudes, com minha
autorização.
Conversando com uma funcionária
da entidade, fiquei sabendo que ele acabou recebendo um cheque “clonado”, na
verdade, um cheque falso, de correntista inexistente.
Liguei para a empresa dele e ele
me pergunta se ficou sabendo do caso. Falei que sim e perguntei como ocorrera o
fato.
Disse que uma cliente muito bem
“apessoada”, não sei em que sentido, apareceu numa camionete e escolheu as
mercadorias.
Era uma pessoa muito simpática e
comunicativa, não tendo aparência de golpista. Pagou com cheque pelas
mercadorias, e a indignação maior, foi porque ele carregou as mercadorias até a
camionete e agradeceu com um “muito obrigado e volte sempre”.
Depositado o cheque, voltou com
alínea 35.
Perguntei se ele estava com o
cheque, ele disse que estava na gaveta, pedi para pegar.
Perguntei:
- Está com o cheque em mãos?
Ele responde:
- Sim.
Pedi para ele molhar um dos dedos
e perguntei se tinha feito isso. Ele respondeu que sim.
Pedi então que passasse o dedo
molhado sobre o nome da correntista e nº do CPF e perguntei:
- Manchou?
Ele responde:
- Manchou.
Falei então, esta fraude era
fácil de ser detectada. Este cheque foi falsificado com impressora jato de
tinta e nenhum banco usa este tipo de impressora.
Nota: Quanto à cliente bem
“apessoada”, creio que as virtudes estavam em outros locais.
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